A partir das questões postas no texto “Educação Musical e Religião” – de Arthur Costa Lopes, de suas experiências em sala de aula em escolas do município do Rio de Janeiro, podemos pensar em dinâmicas e práticas pedagógico-musicais, enquanto expansão de ação formativa?
Dadas as experiências do Grupo Templo Cultural, que aborda questões relacionadas ao universo acústico perpassando pelo debate acerca da religiosidade e diversidade na experiência sonora, como podemos pensar processos de educação musical para uma pluralidade étnica que é a brasileira e mecanismos interculturais a partir das diferenças que constituem nosso povo?
Essas são duas questões que a meu ver são pertinentes ao tempo que vivemos na contemporaneidade em que as discussões da diversidade estão tensões, aos projetos formativos que desenvolvemos nos diversificados espaços de educação que atuamos e por fim, ao campo da Educação Musical, viso que aqui estamos buscando a reflexão, o diálogo e o debate.
Concordo que a abertura de espaço visando liberdade seja uma via, porém, acho que a atenção a supervalorização de discursos hegemônicos pode inibir ações de minorias. Neste caso, acho válida a manifestação acústica, sempre acompanhada de debate sobre a prática exercida. Entretanto, reconheço que, sobretudo em situações de salas lotadas e outras problemáticas atuais, seja difícil realizar tal atividade desta maneira, mas, acho que temos que insistir neste sentido.
Desde a sua criação, a escola pública se vê diante do desafio de manter_se laica e combater a exploração do povo seja pelo Estado ou Igreja. Ouse pensar! Esse era o objetivo que ainda hoje buscamos. Infelizmente tem havido um crescimento do fanatismo religioso desprezando toda a herança cultural que nos é legada pelos africanos, onde alunos rejeitam até a música e dança. Mas isso acontece também de modo inverso, já ouvi a famosa frase preconceituosa"coisa de crente.". Uma forma que encontrei para lidar com isso há alguns anos atrás foi faz medo um festival de talentos onde cada estudante podia cantar com liberdade de escolha.