Título ótimo para pensarmos em caminhos e possibilidades pedagógico-musicais, a partir do que é proposto pelo Mano Teko e pelo Pedro Mendonça, acerca do FUNK.
Gênero musical excluído das muitas práticas musicais que acontecem nos cotidianos das salas de aula.
Há um certo contorno de preconceito e digo também racismo, porque o objeto musical funk carregas estigmas da música de preto, pobre e favelado. E que bom! Pois esses também fazem música, arte e se expressam e se comunicam através dela.
Vale ressaltar que o texto levanta essas questões e se responsáveis fomos com as questões relacionadas ao debate étnico racial, no Brasil, em nossas praticas educativo-musicais, esse debate deveria ser cerne para o escopo das nossas ações.
Fico aqui pensando nas potencialidades criativas, que caminham no campo da rítmica, estética e sonoridades que podem ser praticadas e desenvolvidas nesse escopo FUNK de fazer música. Lógico, além dos cânones eurocêntricos que ainda embasam os saberes e os conhecimentos das práticas educativo-musicais.
Sem dúvida amigo, acho mesmo que cabe sempre ressaltar o quanto nós, educadores que atuamos no campo da música, perdemos ao não nos defrontarmos com a profundidade destas práticas sonoras criminalizadas e historicamente excluídas, por serem obras negras, faveladas, cobertas de estigmas. Tamo junto! To contigo que o centro do debate é a perspectiva de embate contra-colonial, e o que o mesmo carrega consigo.
E isso ai Leo!
Eu 2001 , o grupo de professores de musica da prefeitura municipal de Porto Alegre, fizemos toda uma pesquisa sobre o Funk. Queriamos saber tocar o Funk, inicialmente e conhecer mais este estilo, ainda bem desconhecido de musicos da BOSSA-JAzz que éramos. Naquele momento, os professores, as crianças e os grupos onde tocávamos se enriqueceu com a beleza da Black Rio. Que naipe de sopros!!! Na mesma época a Folha de Sao Paulo publicou um encarte com CD e livrinho, explicando a historia desse belissimo genero e pontuando suas vertentes. Quem é da minha idade, assistiu a abertura da novela Locomotibas da Globo, um Funk e tanto. Insclusive, nessa época, construimos com as crianças dois shows intitulados Funk na Orelha, tendo como protagonistas os alunos da escola publica brasileira. E ai.... esse tema continua sendo discutidooooo...... Velhos ranços.... Tocamos o funk de Gilberto Gil, Sandra Sá e tantos outros. Tudo de bom!